fonte: FENAM

O Acordo Coletivo de Trabalho (2018) foi tema de reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), realizada nesta sexta-feira (16), na sede da instituição, em Brasília (DF). A Federação Nacional dos Médicos (FENAM), representada pelo presidente, Dr. Jorge Darze, e pelo diretor de Saúde Suplementar, Dr. Antônio José, participou do encontro, junto com representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE).

A FENAM cobra que a Ebserh apresente uma proposta digna, que respeite os trabalhadores, já que em 2017 os servidores tiveram como resposta 0% de aumento. “Não podemos aceitar que a Empresa repita a atitude do ano passado, de não negociar e não atender às reivindicações dos trabalhadores, que são justas”, indagou o presidente da FENAM.

Dentre as propostas apresentadas pela FENAM, destaca-se o cumprimento do salário de início de carreira, equivalente a R$ 14.134,58 (Quatorze mil, cento e trinta e quatro reais e cinquenta e oito centavos) para uma jornada de quatro (4) horas diárias e vinte (20) horas semanais, para vigência de 12 meses a partir de 1º de março de 2018 a 28 de fevereiro de 2019.

A entidade cobra ainda adicional por tempo de serviço, em que a cada ano de serviço prestado à mesma empresa, o empregado terá direito ao aumento real de 1% sobre o salário percebido, a título de adicional por tempo de serviço.

Além disso, são reivindicados ainda benefícios como auxílio alimentação ao médico plantonista, de R$ 686,84, e auxílio transporte, no valor mínimo de R$ 230,85, aos que comprovarem gastos com locomoção em seu veículo particular ou por outro meio.

Apesar da proposta entregue, a Ebserh mais uma vez agiu com total descaso. Com alegação de que não foi possível ler todo o documento, a coordenadora de desenvolvimento de pessoas da Ebserh, Mara Annumciato, pediu mais tempo para avaliar cada reivindicação.

Dr. Darze ressaltou que esta situação é um absurdo. “Tentamos um acordo com a Empresa, que mais uma vez, propositalmente, tenta seguir a orientação do governo federal de não dar aumento para ninguém. Não vamos deixar que a situação do ano passado se repita. Até alcançarmos todos os direitos dos trabalhadores, estaremos aqui cobrando nossos direitos”, disse.

Dr. Antônio José ressaltou a importância do acordo coletivo para a garantia de melhores condições de trabalho para a categoria. “Esperamos que a Ebserh nos apresente a contraproposta dentro do que pedimos, ou seja, melhores condições de trabalho e também remuneração compatível”.

Como a Empresa mais uma vez tentou enganar os trabalhadores, após a reunião, as entidades cobraram um próximo encontro, com respostas positivas, para o dia 27 de março. Caso as reivindicações não sejam atendidas, os profissionais da Saúde farão uma greve nacional